quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sabotagem: Apagão



Ao iniciar os debates sobre estatutos, o Congresso viveu seu momento mais tenso e emocionante.
Eram aproximadamente 19 horas e subitamente as luzes do Congresso se apagaram, foi ouvida uma explosão e do alto começou a cair sobre a mesa e a plenária um pó que irritava os olhos.
Houve um inicio de pânico, mas era preciso estar atento e forte, não havia tempo para temer a morte.
Os congressistas que possuiam carros correram até eles e os manobraram para com seus farois iluminarem a plenaria, enquanto cinegrafistas e equipes de TV iluminavam com seus equipamentos a mesa do Congresso.
Na falta de som, Rui Cesar puxou um coro, onde suas palavras eram repetidas pelos congressitas que estavam mais proximos da mesa, de forma a que todos pudesem ouvir as orientações.
Os farois, a mesa iluminada pelos refletores e a voz forte que se fez ouvir demonstravam que não estavamos ali para brincadeira e que nada nos intimidaria.
Sabiamos que aquela era a hora e não estavamos dispostos a esperar.
Fizemos acontecer, fizemos ouvir a voz da UNE, a nossa voz.
Cantamos Vandré e repetimos em coro:
"Nós não vamos aceitar provocações. Nossa luta é organizada. vamos manter a calma".
"Povo unido jamais será vencido".
Foi preciso arrombar a casa de força, pois alguém havia desligado as luzes e trocado os cadeados das portas.
Como era de se esperar, os culpados não foram identificados, mas as supeitas apontavam para a propria policia e a segurança do Centro de Convenções.
Mas nesse caso o tiro saiu pela culatra, pois o incidente fez diminuir as divergencias e uniu ainda mais o que já era um desejo daquela vanguarda estudantil ali reunida.
RECONSTRUIR A UNE e demonstrar que nada mais calaria nossa voz.

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